Adotar as práticas de bem-estar animal tornou-se imperativo para continuar crescendo
Estudos comprovam que parte das perdas da suinocultura está relacionada à falta de cuidados com a ambiência em todas as fases da produção. Desse modo, fica evidente que o conhecimento sobre o ambiente mais adequado para os suínos, fator relevante para o bem-estar animal (BEA), é uma das pautas mais relevantes para o segmento.
Como mostram diversos trabalhos da área, as respostas crônicas de estresse em granjas que não seguem os preceitos do BEA são significativas, seguidas por queda de produtividade (Hemsworth et al., 1996). Outras decorrências são o retardo ou a diminuição do ganho de peso e o atraso no início da reprodução, afetando significativamente os índices produtivos das granjas, (Broom & Molento, 2004) pois os suínos possuem pouco controle das situações a que são submetidos e ativam o medo como recurso para evitar situações perigosas (Hötzel et al., 2007).
“O conceito de ‘enriquecimento ambiental’ tenta trazer soluções para essas questões, ao introduzir melhorias no sistema de confinamento, tornando o ambiente mais amigável aos animais. Algumas das mudanças propostas são a adoção de baias coletivas para porcas em gestação, treinamento para que o tratador aprenda a manejar os animais e disponibilização de brinquedos, dentre outros objetos, sobre as baias, para a distração dos leitões. Alguns manejos, como o corte dos dentes e da cauda também estão entre as práticas a serem evitadas. A imunocastração tem sido uma excelente opção ao método tradicional, sendo hoje amplamente utilizada nos sistemas de produção tecnificados do Brasil”, explica Dener Paulo Tres, assistente técnico da Zoetis na área de Suínos.
A adoção do BEA, além de melhorar os índices produtivos, é também uma preocupação para grande parte dos consumidores na atualidade e pode se refletir na decisão de compra de determinados produtos. Segundo Warriss et al. (2006), as pessoas passaram a desejar comer carne oriunda de animais criados, tratados e abatidos em sistemas que promovam bem-estar, definido como “qualidade ética” em um sistema de produção sustentável sob condições ambientalmente corretas.
Por isso, gigantes do setor de alimentação, por exemplo, já declararam que, até o final deste ano, devem trabalhar somente com produtores que não usem gaiola gestacional. Assim, algumas granjas também estão fazendo a transição gradual para o sistema de gestação coletiva.
Para a adoção do BEA, os animais precisam viver conforme os princípios das 5 liberdades: livres de fome e sede; de dor, injúrias e doenças; de desconforto; de medo, de estresse e livres para expressar seu comportamento natural.
O animal deve ter acesso à comida e água na quantidade, frequência e qualidade ideais para o seu desenvolvimento. Uma dieta balanceada, assim como a hidratação apropriada, são fundamentais para manter o equilíbrio nutricional e evitar doenças.
“A saúde física dos suínos de corte é de extrema importância, principalmente porque criações de grande densidade apresentam maior risco de transmissão de doenças. Sendo assim, é imprescindível que os animais tenham acompanhamento periódico de um médico veterinário, realizando monitorias sanitárias frequentes e que o programa e calendário vacinal estejam em dia”, lembra Dener.
O ambiente deve ter boa ventilação, além de temperatura e umidade do ar adequadas para proporcionar conforto térmico. O espaço ainda deve ser amplo o bastante para possibilitar a movimentação. Caso essas questões não sejam atendidas, o suíno pode se sentir estressado, o que, consequentemente, afeta o seu desempenho.
Os suínos são animais sencientes, ou seja, têm sensibilidade e consciência. Dessa forma, assim como os humanos, eles conseguem sentir experiências positivas ou negativas que afetem a sua rotina. Em vista disso, os animais devem ser livres de sentimentos que os façam sofrer.
Eles ainda devem ser abrigados em um local que lhes permita expressar o seu comportamento natural, por isso não é ideal que sejam mantidos presos ou em gaiolas, e sim dispostos em baias coletivas dentro da metragem indicada pelas normas de BEA.
A Zoetis é pioneira em imunocastração de suínos por meio da vacina Vivax, método que evita manejos cirúrgicos, causadores de sofrimento para os animais. A empresa também apoia o bem-estar animal, ao incentivar a prevenção, por meio de um amplo portfólio de vacinas, focando no controle das doenças que acometem os suínos e reduzindo o uso de antibióticos.
Sobre a Zoetis
Como empresa líder mundial em saúde animal, a Zoetis é movida por um propósito singular: fortalecer o mundo e a humanidade por meio do avanço no cuidado com os animais. Depois de inovar maneiras de prever, prevenir, detectar e tratar doenças animais por mais de 70 anos, a Zoetis continua apoiando aqueles que criam e cuidam de animais em todo o mundo - de veterinários e donos de animais a criadores de gado e pecuaristas. O portfólio líder e o portfólio de medicamentos, vacinas, diagnósticos e tecnologias da empresa fazem a diferença em mais de 100 países. Uma empresa da Fortune 500, a Zoetis gerou uma receita de US$ 8,54 bilhões em 2023, com aproximadamente 13.800 funcionários. Para mais informações, clique aqui.